MPT cobra R$3 milhões a granja por trabalho análogo à escravidão na BA
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Granja fica localizada no município de Entre Rios, na BA (Foto: Imagens / TV Bahia) |
O valor de indenização se refere a danos morais coletivos à sociedade. O MPT ainda solicita que o grupo responsável pela granja fique proibido de repetir as mesmas práticas que por duas vezes levaram os procuradores a instaurar inquéritos. A ação que cobra a indenização foi instaurada na terça-feira (24) pela 2ª Vara do Trabalho de Alagoinhas.
Na ação, que conta com o reforço de relatórios de fiscalização e uma série de documentos, os procuradores afirmam que grupo econômico que administra a granja, instalada na Fazenda Nova Canaã, e a Fazenda Capebi, foi flagrado em 2011 e em 2015 praticando um grande número de irregularidades trabalhistas, apesar de já ter assinado termo de ajuste de conduta após as primeiras inspeções.
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Granja fica localizada no município de Entre Rios, na BA (Foto: Imagens / TV Bahia) |
Quinze trabalhadores rurais que trabalhavam em condições análogas à escravidão foram resgatados em novembro de 2015, durante uma operação no município de Entre Rios. Um representante da granja onde os homens trabalhavam foi detido.
Segundo o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que trabalhavam de forma conjunta, os homens foram localizados na Fazenda Sossego, em condições desumanas.
Eles estavam na fazenda há cerca de quatro meses e recebiam R$ 6 por tonelada de excremento carregada na cabeça com um balde.
Além da situação precária do alojamento, os trabalhadores não tinham carteira assinada e eram obrigados a começar a jornada às 3h, sem hora para terminar. ( G1 Bahia)
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