'Deus poupou a vida dele', diz mãe de baiano que presenciou ataque a Paris

A família do arquiteto soube do ataque terrorista antes mesmo da notícia ser divulgada pela imprensa francesa. Isso porque segundos após o ataque, o baiano enviou uma mensagem para a mãe através do celular dizendo que estava bem. "Eu estava com milha filha no shopping e, de repente, recebi a mensagem dele falando sobre o atentado, mas dizendo que estava bem", disse.
Segundo a mãe, Diego está na Europa fazendo mestrado em arquitetura. Ele mora na Itália e foi passar três semanas na França para complementar as pesquisas na área. Diego e os amigos estavam sentados ao redor de uma mesma mesa quando o atentado começou. "Ele estava sentado na parte de trás da mesa e ele pode ver quando um homem apareceu com uma arma na mão vindo na direção dele. Ele viu umas luzes saindo da arma e percebeu que o cara ia atirar. Então, ele se jogou embaixo da mesa", conta a mãe.
Ao se jogar no chão, para se proteger do atirador, Diego feriu a testa e o braço. O arquiteto teve ferimentos leves e chegou a ser levado para o hospital, mas foi logo liberado. Os outros amigos que estavam de costas para o atirador, não tiveram chance de se defender. Dois ficaram feridos, entre eles o paulista e também arquiteto Gabriel Sepe, de 29 anos. Após o ataque, a mãe conta que Diego ajudou no socorro aos amigos.
"Diego falou que colocou um pano em uma das feridas do Gabriel, para evitar o sangramento, já que ele estava perdendo muito sangue. Os outros ficavam conversando com ele, para ele não dormir", conta. Gabriel passou por uma cirurgia e, segundo o consulado brasileiro, está fora de perigo.
Depois do atentado, para tranquilizar a família, Diego tem enviado mensagens através de redes sociais. "Tenho também que pedir força e coragem a todos que perderam seus filhos e que estão nessa situação difícil", disse a mãe do baiano.
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