Protesto: Oposição fala em aprofundamento da rejeição a Dilma

Partidos de oposição divulgaram notas nesta tarde afirmando que as
manifestações de hoje evidenciaram a "profunda rejeição" ao governo
Dilma Rousseff e que a população não aceitará a continuidade da gestão
petista. Os líderes oposicionistas pregam aumentar a pressão no
Congresso para que o pedido de afastamento da petista comece a tramitar
no Parlamento.
"Essa manifestação foi uma vitória e ajuda as forças democráticas do
País. Mostra que a sociedade não vai aceitar um acordão palaciano e
entre os poderes da República", afirmou o deputado Roberto Freire (SP),
presidente do PPS, em nota distribuída por sua assessoria. O
parlamentar, que participou do protesto na Avenida Paulista, em São
Paulo, disse que o País vive a crônica de uma "destituição anunciada".
"A indignação é generalizada, mas o clima foi de alegria, com muitas
crianças na rua. Mas quando gritam fora Dilma, fora Lula, fora PT fica
evidenciada a indignação com a corrupção e a incompetência do governo",
avaliou. Pelo maior partido da oposição, o PSDB, o líder da legenda na
Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), também se manifestou por meio
de nota.
"As vozes das ruas têm de ser ouvidas e respeitadas, pois representam o
sentimento da esmagadora maioria de brasileiros que não aguenta mais
tanta corrupção e tanta bandalheira praticadas por um governo
incompetente e que levou o País ao caos político e econômico", disse
Sampaio. O tucano falou em "fazer ecoar na Câmara" o sentimento
manifestado nas ruas.
Já o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), que também participou
da manifestação em São Paulo, acredita que as manifestações não terão
fim enquanto não houver o afastamento da presidente Dilma. Para o
senador, o "fora Dilma" se transformou em "unanimidade nacional".
"A população veio às ruas para dizer em alto e bom som que esse governo
que está aí não nos representa. Não tem governabilidade e não tem
legitimidade. Foram eleitos mediante mentiras e dinheiro do petrolão. E é
por isso que defendo: vamos antecipar as eleições e botar o País nos
trilhos", afirmou.
O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP),
divulgou nota onde anuncia que a sigla aumentará a pressão para que
Dilma "seja cassada ou renuncie para que possamos construir um novo
governo sem ela e sem o PT". "Esperamos que, a partir de agora, os
demais deputados e senadores se convençam de que Dilma não tem mais
legitimidade para governar. O País não pode passar mais três anos
assistindo a roubalheira, a incompetência e a paralisia", diz a
mensagem. Com informações do Estadão Conteúdo.
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